domingo, 24 de novembro de 2013

CAPÍTULO 1-

Prazer, eu!
  
  “Era uma daquelas tardes quentes de final de ano, as lojas estavam todas lotadas... Pessoas sorrindo, se agarrando pelas ruas... O espírito de natal já havia chegado!
No colégio, já estava na hora de correr atrás, isto é, para todos que aprontaram, ou “aproveitaram” o ano inteiro... Não era o meu caso! E dos meus amigos? Não, não... Também não! Eu sou apenas uma conhecida... Ou melhor, uma desconhecida. Nem amigos eu tenho.
   Aliás, esqueci de me apresentar... Meu nome é Luana, tenho 17 anos, e não tenho muito o que falar, nem com quem...  Acho que não faço parte desse mundo, não gosto desses hipócritas que me rodeiam. Minha única companhia, sou eu mesma, com meus defeitos e com uma caneta e um caderno na mão... Bom, é dessa forma que consigo me expressar... E se você está lendo isso agora, é porque você está com o meu caderno, e fique sabendo, que isso me deixa muito nervosa!”
 
  A verdade, é que se a vida de Luana parecia entediante, era preciso triplicar, porque isso não era nem metade!
Com os pais divorciados, ela morava somente com a mãe, que por sua vez, não era muito presente, pois, vivia em função de trabalhar para garantir uma vida boa à filha. Mas, o que ela não sabia, é que Luana viveria bem melhor com a presença dela, do que aos luxos que ela tanto insistia em adquirir. Luxos sim! Porque elas não passavam por más condições, pra mãe viver trabalhando...
Sem contar que o pai, mandava uma mesada pra ela todo mês, e a levava para passear de vez em quando, com a nova esposa, e seus filhos... Fazendo pose de família feliz...  Como se realmente se importasse com ela, mas ela estava ciente, que tudo era só aparência...
 Luana nem ligava mais, já estava acostumada com a ausência dos pais desde pequena,  assim, já sabia se virar muito bem sozinha... Literalmente! Não costumava conversar com ninguém... Criava um mundo unicamente dela. 
   Diferente das outras garotas, Luana tinha o dom de ver as coisas além do que elas simplesmente aparentavam... Ela conseguia enxergar um sentimento em tudo! Encontrava a essência até das coisas mais vazias.




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